domingo, 7 de fevereiro de 2010

Conto possivelmente infinito e interminado.

"Já não se fazem mais cílios postiços como antigamente" foi o que o detetive Zed Zápidos pensou ao ver aquele véu de noiva de sangue se espalhando pelo chão daquela espelunca barata. O carpete estava coberto de cocô de zarblutz e aquele corpo agora desfigurado formava uma estranha posição. "Seria isso um enigma? Estarei eu no encalço de outro maníaco sem amor pela sociedade?". Indagações constantes.
O quarto de 17pitz² cheirava à sangue, butanol e luxúria. Os lençóis desarrumados com uma graça divina. As pinturas da parede pareciam ser feitas por um tipo de triliterado cego. Nada parecia fora do comum nesta espelunca. Tirando, é claro, o fato de que havia um cadáver no chão. Não havia nenhum sinal de roubo ou de violência. Apenas a presença de um cadáver. O corpo havia sido descoberto quando um dos hóspedes sentiu o cheiro forte do sangue acrinóide. Sangue. Azul. "O que faria um acrinóide numa espelunca dessas?". Drogas? Transações ilícitas? Sexo interespécie? Até agora nada fazia sentido. Nada.

Quem matou? Quem morreu? Por que?

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