sábado, 25 de julho de 2009

Queremos aparecer no Google?

E aí? Nós, desse blog, queremos aparecer no Google? Vocês, de qualquer blog do Brasil, querem? Acredito que sim, essa ferramenta de busca é algo precioso para divulgar qualquer coisa na internet. E se estamos na rede, é para aparecer né? É? Não. Nem todos. Nós, por exemplo, não colocamos nossos nomes aqui, portanto não aparecemos como nós mesmos, mas como alter-egos, no máximo. A Joy é outro maravilhoso exemplo (desculpe, mas tive que colocar isso aqui, fui obrigado por Antropocínico, que é o macho da relação eu-blog), ela não admite comentários a seus posts. Autoritarismo? Sim. Mas admiro toda e qualquer determinação. Mas isso já é, até certo ponto, querer aparecer, queremos saber como as pessoas vão reagir a nossos pensamentos, nossos comentários, nossas contradições. Temos curiosidade de saber se somos admirados, ou se não somos, e não ficaríamos sem graça se nos expuséssemos ao ridículo, não é nosso nome ali! Mas como alter-egos ficaríamos putos. Tudo vira raiva, não temos vergonha, não temos cobiça, nem mesmo inveja (sem falar de sexo), nós temos raiva. É ódio puro, e egoísmo. Falo por mim claro, mas uma onda de egoísmo bate em mim e por isso quero aparecer no Google, para esnobar pessoas. No bom sentido, claro (eu acho). Tem coisa melhor do que você dormindo, vendo TV, ou na cozinha e no mesmo instante tem uma pessoa lendo algo que você escreveu duas horas atrás, dias atrás, ou meses atrás, coisas que nem mais fazem parte da sua vida? Coisas que você escreveu da boca pra fora. Ela está mantendo uma relação com você e você não dá sinal de resposta, ela quer te beijar e você nem olha, nem evita, pois sabe que ela não conseguirá, você é intangível! É um egoísmo involuntário, você nunca vai saber que tá ignorando alguém mas está, e isso é bom depois que você vê um comentário no seu blog, ou uma citação à você num livro do Umberto Eco. “Ele esteve pensando em mim”. Você sonha. Normalmente eu levantaria meus olhos do livro que estou lendo, encararia meu interlocutor e perguntaria (desejando): “Por que você não morre?”

P.S.: Infelizmente tive que adcionar esse pós-escrito já que fiz esse post ontem mas o estou publicando apenas agora. É que o nosso blog já aparece no Google mas em estágio embrionário, relacionado com o blog e outras preliminares e não como autônomo, damn! (com sotaque sulista de Mickey, no filme Assassinos por Natureza, interpretado por Woody Harrelson).

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