quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

As coisas estão mudando [definam coisa], todos os sentidos primários são agora remodelados e reformulados a partir de alguém [ou alguma coisa] que começa a ter participação indireta na sua vida. E você precisa obedecer e se adaptar a essa pessoa [coisa].

Essa ponderação inicial é o começo do início de uma partida para explicar algo curto, mas importante.

Há 2 anos atrás, ou 3, usávamos MP3 [termo geral para Ipod, mp4, essas coisas] no ônibus para fazer "o tempo passar mais rápido", escutar um bom e velho sonzinho, por mais confuso que seja, sei lá, um Van der Graff Generator ou Soft Machine, algo que não combina muito com a ação "ouça a música e olhe a paisagem"; o certo seria "veja a música e ouça a paisagem."

Mas, existiam as propagandas anti-mp3... algo como anti-dengue. Jornais, blogs, médicos, um inferno de pessoas estavam preocupados com a saúde do ouvido humano, ou, nesse caso, de quem está com o fone de ouvido nas alturas. Diminuimos o volume, passamos a controlar mais os fones de ouvido.

Hoje em dia, não me preocupo mais com o Mp3, mas, ele sempre estará por perto. Por que?

Porque tem sempre alguém no ônibus com o celular ligado, com o som nas alturas, e escutando qualquer coisa, cara, isso não vale. Não tenho problema com música, ele pode até estar escutando Beatles, Novos Baianos ou Amado Batista, quem sabe o novo disco do Animal Colective ou Johnny Cash. O problema é celular nas alturas.

Carregamos o Mp3 hoje para fugir dos celulares, e não para escutar nossas músicas, sim para não escutar as músicas do outro [ou, MEU DEUS, OUTROS!!!]

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Bial, the "anauê" man. Uma certa abóbora de São Paulo não vai ficar nada contente com isso. Mas, coisas da vida. Em homenagem a Kurt Vonnegut. No liquidificador do Monte Pitão.

And now... uma poesia neo clássica:


[esse post foi removido pelo google earth, atuando junto com a tevê vida e, curiosamente, a universidade de michigan]


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Franco Blackbird: da Série Vendendo a alma ao diabo assinando a linha abaixo.

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Por esses termos, pede defenestração.

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