sábado, 5 de março de 2011

Sobre música clássica.

- Báh, tchê.
- Estranho, estávamos em silêncio faz 40 minutos e você fala Bach?
- Báh, e qual é o problema.
- Eu sei lá. Tipo.. carnaval, saca? Tchubirabirom. Essas coisas.

Outro amigo acorda e começa a falar:

- Tem aquela da mulher maravilha e do superman.
- Hum?
- Aquela pow.. que é meia pornô.
- Meia?
- Báh, pornozão.
- Bach não é pornô.
- ???
- Pera, acho que não estamos nos comunicando muito bem.
- Claro que não estamos... passamos 40 minutos sem nos comunicarmos. A gente praticamente recriou todo o processo de linguagem humana das cavernas até os primeiros sons articulados e entendíveis. Mas tipo... pegamos 40 milhões de anos e transformamos em 40 min.
- Entendo... quer dizer que...
- Báh, tchê.
- Não, Bach é o caralho. Eu tou falando que passamos 40 min sem falar porra nenhuma, isso é raro na sociedade hoje em dia, logo nós, que não conseguimos calar a boca nunca. Não me admira saber que depois de 40 minutos a gente não consiga articular as palavras e as frases direito.
- Então... e a escrita?
- Vai ser como voltar de férias na época da escola, a gente também desaprende a escrever. Até mesmo o próprio nome.
- Báh, tchê.
- Não acho que Bach e Che tinham esses problemas... eles eram homens determinados.
- Como?
- Como o que?
- Pera pessoal, as coisas estão meio confusas.
- Meio? O cara tá falando de Bach e Che a conversa toda. Qual o problema, pô?
- Meu nome não é Paul.
- Não Paul, pô... de porra!
- Credo.
- Báh, tchê

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Esse foi um pequeno exercício de diálogo entre 3 pessoas. E não sobre linguagem. É também um post em homenagem a J.S.Bach, nosso querido músico compositor que fez músicas engraçadinhas e algumas medonhas. Mas muito legal. Homenageio Che Guevara também, por todas as coisas que ele fez, e deixou de fazer, e que fudeu também, ele não é perfeito. Post também dedicado a Charles Boxer, um cara interessante, mas também interesseiro, e desinteressado por muitas coisas. Também aproveito e mando um alô pro Tarcísio, meu amigo de época de colégio que eu não vejo desde a minha 7ª série, não faço a menor idéia se ele está morto ou não. Anyway. É um post também dedicado à Inglaterra, para assim a gente atrair mais leitores ingleses e de outras nacionalidades - aqueles idiotas que são metidos a ingleses. Esperamos também que os Estados Unidos da América apareçam por aqui também, uma vez que os Britânicos vem e voltam. Franceses também são bem vindos, mas nada de Jean-Paul Sartre... é não... tou brincando, pode sim ter Jean-Paul Sartre aqui. Marx, como sempre, sempre tem a sua cadeirinha de sempre no cantinho da cozinha, com seu copinho de iogurte desnatado e seu Nescal Ball. No entanto, os escritores brasileiros como Jorge Amado, Gregório de Matos, Oswald de Andrade e um teatrólogo como o Dante do seriado Som e Fúria podem entrar e pedirem petiscos, mas estão terminantemente proibidos de falar dos índios, pois terão que admitir que são burgueses e se comportarão como tal, e nada de olhar feio para o Marx. Literários, historiadores e anarquistas Argentinos e da américa Latina também serão bem vindos, mas já sabem, todo contato entre Jorge Luiz Borges e Jorge Amado deve ser evitado.

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Esse pequeno exercício de escrita foi para mostrar mais uma vez que o Monte Pitão e Seus Ministros é como um bar. Escrevemos bêbados. Sobre muita coisa, várias coisas. e Todo mundo aparece aqui para dar pitaco. Acabamos sempre brigando. e sendo enxotados pelo Barman que no final sai atirando para o alto com sua escopeta e que sempre grita: "Voltem amanhã".

E nós voltamos.



Franco Blackbird.

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