quinta-feira, 24 de março de 2011

um post romantico

Eu, até hoje, só corri e gritei desesperadamente o nome de apenas uma pessoa:

O motorista do ônibus.

- Motôooooooooooooooooooooooooooooooooooooo... pára aíiiiiiiiii... Motôooooooooooo!!!!

*vrrrrruuuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmm

- Pera aí Motôooooooooooooo... não se váaa...!!!!!!!!!!

E ele pára.

- Pow, motô, valeuzão.
- ...
- Credo, povo mal humorado, deveria ficar orgulhoso, nem com minhas namoradas eu fiz esse papel de idiota de sair correndo enquanto grito seu nome.
- Meu nome não é motô.
- E nem vou perguntar, senão já seria intimidade demais. Fica motô mesmo.
- Pague logo e vai sentar.
- E aew cobrador.
- E aew.
- Tem quanto de crédito?
- R$ 9,55

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reparou que mesmo escrevendo, o cobrador nunca irá falar "Reais, Sifrão, nove reais e cinquenta e cinco centavos?

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- Opa, olá.
- Opa, chegou atrasado, vai em pé.
- Pois é, uma longa viagem.
- Posso segurar sua mochila?
- De boa.

Ela é bonitinha, seios mais ou menos, pouco de bunda, um sorriso agradável. Ela abre um livro, estuda no onibus? Vou tentando descobrir o título. Ela percebe, sorri e me mostra a capa. É o livro que inspirou aquele filme estrelado pela Miley Cyrus, a Hannah Montana, só que em versão Miley Cyrus, ou seja, a versão "deixei de ser menina e quero fazer cena de sexo". Algo que a Ermione do Harry Potter pode demorar anos para fazer, se já fez, nunca vi. Estava onde mesmo? Ah sim, o livro. Bem, é aquele, "a última canção". Ela atende o celular.

- Alô? Sim, não... ah, ele está bem?

*por um momento pensei se estava falando do namorado.

- Ah, eu visitei ele hoje, é... painho tá muito machucado do acidente da moto.

*porra, era o pai, e pior, acidentado, tenso. A conversa vai se prologando, até que...

- Sim, falei ontem com a pastora.

*pastora?! Puta que pariu. No Way! Fuck Off! Forget About It! Run For Your Life! Oh God, Kill Me Now!

Isso não são nomes de músicas

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Esse post foi uma crítica a Vito Gianotti e toda sua obra que eu apenas li 4 folhas sobre a imprensa operária. Eu não li nada dele, apenas 4 folhas, e por causa disso irei criticar todo o seu trabalho. E o engraçado é que mesmo falando isso, existirão argumentos que vão falar mal de mim. Mas quer saber? Burro não sou eu, são vocês. Pois o que o cara escreveu em 4 páginas sobre a imprensa operária, olha, sério, na boa... "mermãoooo" (Schadenfreud: 2011, p.16) ou "Puta que Pariu" (Franco Blackbird: 2010, p. 76) e irei enrolar sobre o que ele escreveu. Na verdade vou resumir em uma frase:

Rage Against The Machine.

mentira, é quase isso.

Na verdade, não é isso, é pior, pois não tem raiva nenhuma.

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Franco Blackbird - da Série: Onibus Alagoanos

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