segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Literatura Free VIII

[Faz 15 min que eu fiz um post de quase 50 linhas sobre "dormir" nesse blog. acabei de deletar, um lixo, digno de uma porcaria. Vergonha da nação. No lugar do antigo post, colocarei aqui essa nota entre colchetes para representar que a Literatura Free acabou não sendo algo tão Free assim. Pois mesmo escrevendo sem parar, apenas seguindo a linha de raciocínio de puxar um assunto atrás do outro ao decorrer do seu texto ("eita, isso me lembrou algo"), também tenho noção do que deve ou não deve ser engavetado. às vezes você pensa algo, começa a escrever, a ideia sai outra e você pensa: "porra, que porcaria distorcida, ambígua, desnecessária e totalmente instável". Não me acho um escritor fodão, como se alguma frase minha fosse ser apoderada por alguém que visasse destruir o mundo. Nietzsche [para citar um deles] sairia de sua tumba e iria me aterrorizar caso eu dissesse isso. Na verdade eu queria apenas informar que mesmo escrever sem parar também tem seus perigos, e certas contradições devem ser engavetadas antes de ir ao mundo. Nietzsche fez isso. Mas ele era Nietzsche. Cujo fantasma eu faria questão de ter como amigo. Imaginem, ser assombrado por Nietzsche. Porra, iria ser muito foda. E isso dá em conto. Olha aí. Uma ideia que veio de algo escrito para representar uma ideia e acabou virando outra. Por quê eu escrevi que teria medo do fantasma de Nietzsche se eu adoraria conversar um pouco com ele? Acho que isso são restos fortes de uma base de cimento criada pelas estórias e idiotices que aprendemos quando somos crianças. sobre medo de fantasma, curupira, bruxa, cavaleiro sem cabeça, saci, caipora, etc... Pois bem, acabei de eleger Nietzsche como meu amigo imaginário. Ah não... isso já existe: se chama Jesse Custer e seu amigo é o John Wayne. Ah, droga, apesar de jurar que seria original, não sabia que no fundo do meu inconsciente essa ideia já tinha sido usada. Se bem que, tal pensamento também pode ser distorcido, tipo: Nietzsche voando 24hr por dia ao meu lado conversando potoca e discutindo em plena praça pública, no ônibus, tratando sobre a genealogia, nossos ídolos e a cultura ocidental de culpa e...

Mas espera aí? o que eu estou dizendo? Para quê eu preciso de um fantasma de Nietzsche ao meu lado? Eu tenho outras pessoas para discutir sobre isso, mais vivas e interessantes. Isso para mim. Mas quem sabe um dia eu pegue essa ideia e leve pra frente na hora de escrever algum conto. Com certeza é algo Freak-Pop-Pós-Moderno interessante. Que teria altas chances de se tornar um desastre total!...]

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