sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Date with a Porn-Star!

Numa de minhas viagens no tempo fui pro futuro e encontrei Kurt Vonnegut. Aí eu comecei a ficar desconfiado, pois, Kurt Vonnegut morreu há dois anos atrás. Isso se você estiver lendo este post no meu passado ou seu presente em 2009, ou em qualquer ano do futuro com este post atrasado, no caso de alguém do passado que viajou para o futuro que nem eu, foda-se, pois para você do passado - não entre 2007 e 2009, e todo o período antes do período onde eu estou no futuro até abril de 2007 -, pois nesse caso, para você, Kurt Vonnegut ainda está vivo.

Eu tenho certeza que isso é o futuro, pois Sarney está mais jovem (eu sei que é difícil entender, mas Sarney tem complexo de Benjamin Button, por mais duro que seja, acredite, e nunca mencione isso para ele, nunca!), com essa prova me conformei. Graças a Hollywood, Vonnegut falava em português, eu podia entendê-lo.
- Mr. Vonnegut, I insist, let's speak english.
- Não. Kurt para os mais íntimos, Kurt para os mais íntimos.
Será que ele me confundira com Kilgore Trout ou Billy Pilgrim? Eu deveria saber que andar por aí com Kurt Vonnegut era perigoso, pois é, depois de uns 15 minutos de conversa, boom!, Little-Curtie-Baby e eu estávamos em Dresden, em pleno fogo cruzado, então Vonnegut, heroico, segurou uma metralhadora:
- Pronto para morrer por seu país?
- Não, não, Kurt, as FEB estão para lá...
- Ah, claro, claro...
Estalou seus dedos e estávamos no show dos Beatles no Shea Stadium, a imagem era horrível, em preto e branco, podia ver os pixels no rosto do Paul.
- Kurt, desculpa mas... eu já vi esse show colorido...
- É? Não tínhamos tecnicolor ainda... Desculpa.
Então acabamos indo parar (mais uma vez movendo-se para o futuro para quem vem de 65, para o passado para quem vem da minha época, mesmo no meu passado nessa época, ou para esquerda, para quem vem da Fernandes Lima) numa festa do Roman Polanski com o Jack Nicholson. Fiquei desesperado.
- Kurt, a gente tem que ir embora agora, não quero testemunhar contra ninguém...

Eu sabia que ele tava tentando o máximo.
- Só tô mandando bola fora né?
- É mais ou menos como eu sou para mulheres...
- Não diga... você acha que eu não queria que fosse eu ao invés do Truman Capote dançando com a Marylin Monroe...
- Todos diriam isso, Kurt, todos diriam isso...
- Tem um que não diria.
- Quem?
- Tony Curtis.
- Senti muita pena do Jack Lemmon, muita!
- E eu do Truman Capote...

Meu encontro com Kurt Vonnegut foi estranho, mas é como você se sente com esse tipo de gente, no começo você acha estranho, ridículo, depois você começa a amar. Nunca vou esquecer meu Encontro com Kurt Vonnegut.

Difícil de acreditar mas uma homenagem à Kurt Vonnegut, grande escritor americano.

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