quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quatro pessoas que me fizeram perder toda e qualquer intenção de seguir carreira em quatro áreas. (Parte 1)

Sei lá. Sabe quando você decide fazer uma coisa e tal ai você descobre que veio uma pessoa e fez exatamente o que você queria fazer, só que mais: ela fez de uma maneira tão infitamente mais foda e elevou tanto o padrão do que seria aceitável pra você fazer que você desanima? (Frase enorme) Pronto. Eu elegi quatro indivíduos que foram tão absurdamente fodas em suas áreas que se eu tentar um dia entrar nelas, eu nunca vou ser feliz porque eu nunca vou poder fazer o que eles fizeram ou melhor. Eles atingiram um nível épico de se fazer esportes, política, ciência e coisas militares.

ESPORTES: Jack Johnson

Mais foda do que você, seu pai e seus acenstrais juntos.

Não é o cantor do violãozinho e da cara de macaco. É o boxeador. E não é qualquer boxeador, ele foi um pioneiro. Ele foi o primeiro desportista negro a abertamente pegar mulheres brancas, falar besteira pra jornalista e se mostrar com seu ouro e riqueza. Isso numa época em que só o fato de você ser negro automaticamente te fazia estar sujeito a linchamento. Ah, os Estados Unidos no início do século XX. Bicho, os avós dele tinham sido escravos.
Obviamente que quando ele se tornou campeão dos pesos pesados, lançaram A Grande Esperança Branca, ou James J. Jeffries, o rei da aliteração. Jack Johnson, como de costume, dizimou a Esperança Branca e depois comeu a mulher dele. Não sei se comeu. Deve ter comido. Ele era foda.
Fora do ring seus hobbies não deixavam sua fama por menos, andava em carros fodões, fumava charutos caros, tinha dentes de ouro, viajava pelo mundo. Ah, quando ele tava sem ter o que fazer ele pegava a bengala de ouro dele e levava sua onça de estimação pra passear.(Não, é sério, ele tinha uma onça de estimação.)
Agora vem o curriculo do bicho fora dos rings. Músico de jazz, dono de boate em Chicago, ator, pescador, toureiro(!), agente secreto voluntário pros Estados Unidos na I Guerra Mundial e representante de cervejaria. Sua gula e sua bebedeira eram lendárias. Ah, pra coroar os colhões dele, ele fez uma palestra sobre esportividade, jogo justo e regra de ouro para o KKK.

Ah, ele pegou a Mata Hari e a Mae West. Apenas.


MILITAR: Jack Churchill

Jack Churchill matando alguém. Provavelmente você. Ou a sua webcam.

O Tenente Coronel John Malcolm Thorpe Fleming Churchill além de ter um nome extremamente grande era também um cara bacana. Por bacana eu quero dizer que ele era um maníaco militar cheio de testosterona. Também conhecido como "Jack Churchill, o Brigão" e "Jack Doido", esse rapaz era basicamente a pessoa mais insana da II Guerra Mundial.
Ele se formou em uma escola militar em 1926 e serviu em Burma por 10 anos. Quando se aposentou ele foi editor de um jornal e ávido tocador de gaita-de-foles e praticante de arquearia.
Quando a Polônia foi invadida ele se voluntariou pra ser um Comando. Tipo o do jogo. Uma das coisas pelas quais ele é mais conhecido é pela declaração que "qualquer soldado que entra em ação sem sua espada não está propriamente vestido". E por espada ele quer dizer uma claymore. Tipo a do William Wallace em Coração Valente. Ele levava uma porra de uma espada de 1,50m pra batalha na II Guerra Mundial. O cara era um monstro. Atribuem a ele a captura de 42 alemães e um esquadrão de morteiros no meio da noite usando apenas a sua espada. Apenas.
Uma vez ele foi pra uma missão que consistia em capturar uma fortificação. Churchill, que não é gente, assumiu a liderança e partiu pra cima. Só sobraram seis da unidade dele que não foram atacados por uma tal de morte. Metade deles tavam feridos e nenhum tinha nenhuma arma. Tirando o Jack. Ele tinha uma gaita-de-foles. Quandos os alemães chegaram pra capturar eles, ele tava lá de boa, como quem não quer nada, tocando "Eye of the Tiger". Mentira, não era Eye of the Tiger, era outra coisa. Mas na cabeça dele devia tá tocando Eye of the Tiger. Ele foi preso, mandado pra um campo de concentração e depois fugiu. Quando ele foi resgatado ele descobriu que a guerra tinha terminado e ficou puto por isso. Ele queria mais. Trocando por miúdos: ele era inglês, doido, foi pra II Guerra Mundial de espada, arqueiro, gaiteiro de foles e maluco. Um exemplo que todos devíamos seguir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário