sábado, 23 de julho de 2011

Durante a ausência II

Vim aqui falar da Amy Kurt Winehouse Cobain.

Sim, eu vejo esses dois músicos como um só. Uma só pessoa que nasceu para criar, ficar quietinha, ter sua rodinha de amigos e sempre nas suas criações mais tranquilas. Ou seja, era para ficar no underground. Mas um underground mais caseiro, não aquele do punk rock.

Amy Wine-heroin-beer-cocaine-marijuana-house nunca deveria ter colocado o pé em um palco grande. Assim como Kurt Cobain também não deveria ter posto. Eles não eram músicos de palco, não gostavam de fazer shows, eles odiavam os shows. Ficar repetindo a mesma música incansavelmente, viajar, paparazzi, e atender fãs histéricos, receber notícias que mais seriam fardos.

Só que o que eles mais queriam eram compor em paz, lançar as músicas e se dedicarem a arte ou quem sabe negócios (a galera aqui tá ligada que Kurt Cobain também gostava de pintar né? Apesar de serem quadros bem depressivos).

Sim sim, há toda uma construção histórica para a vida de ambos, construções diferentes, baques psicológicos diferentes, atenções diferentes. Mas penso que uma coisa os doiis tinham em comum. Ambos odiavam as pessoas que faziam de tudo para ser como eles. Eles não queriam ser deuses.

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Mas, o que isso tem a ver com a minha ausência?

é óbvio. Eu sabia que Amy Winehouse iria se matar..

- Sérioo?
- Sério.
- Como você soube que ela iria pipocar?
- Ela me ligou e tals...
- E vocês conversaram sobre o que?
- Ah, ela veio com uns papos estranhos de depressão, que não sabia quem era, o que fazer.
- Caramba, e o que você disse?
- Disse o que todo brasileiro diria para um amigo: "Vá tumá uma!". Bem, acho que foi isso que ela fez.
- Você matou a Amy.
- Eu não, nem era dia de jogo de futebol...


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Franco Blackbird. - Que a música na internet destrua as grandes gravadoras que matam os artistas que não gostam de fazer show.


Nota de rodapé: Certa vez uma professora minha disse que tem acadêmico que escreve mais ou menos mas compensa tudo enquanto fala e apresenta o trabalho. E acadêmico que é tímido, fala ruim pra caramba, mas compensa isso escrevendo super duper bem, podendo até viver sem ter que ficar apresentando trabalho (o que não é legal, já que isso perde debate).

Enfim. Amy Winehouse preferia escrever do que ficar por aí gritando. Eu acho. Eu nem sei.

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